domingo, 30 de agosto de 2009

Tribunal esportivo interdita o estádio do Canindé por invasão de vestiário

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Virgílio Val, acatou na tarde de sexta-feira o pedido feito pelo procurador-geral do órgão, Paulo Schmitt, e interditou o estádio do Canindé, da Portuguesa. O pedido foi feito depois da invasão do vestiário da Portuguesa por dois conselheiros do clube e dois seguranças armados na última terça-feira, após derrota do clube. Por causa desse episódio o técnico René Simões pediu demissão do cargo. Com a decisão, o jogo da Lusa contra o Figueirense, na próxima terça-feira, pelo Campeonato Brasileiro da Série B, não poderá ser realizado no Canindé. A Portuguesa é um clube que apronta dessas seguidamente. Na década de 70, na gestão do então presidente Oswaldo Teixeira, o jornalista Vitor Vieira, repórter do jornal O Estado de S. Paulo, foi perseguido por uma turba de sócios, em uma tarde de treino, e precisou se refugiar no vestiário dos jogadores. Só escapou do linchamento porque a polícia foi chamada, os camburões se postaram à porta do vestiário, e assim o repórter foi retirado. Ou seja, a Portuguesa não muda a sua natureza. Na noite de terça-feira, a Portuguesa perdeu para o Vila Nova por 2 a 1, no Canindé, em jogo do Brasileiro da Série B. Após a partida, os conselheiros Antônio José Vaz Pinto, de 46 anos, e Vitor Manuel Macedo Diniz, de 25 anos, invadiram o vestiário. Eles estavam acompanhados de dois seguranças armados, que a direção da Portuguesa identificou como policiais militares. Segundo os relatos do jogador Edno e do técnico René Simões, Vaz Pinto xingou os jogadores. "Em nenhum momento sacaram os revólveres", disse o jogador Edno: "Mas, eles ficaram o tempo todo com as mãos na cintura, segurando o cabo das armas, deixando claro que estavam ali para ameaçar”.

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