segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Terroristas do Hamas atacam outros terroristas que declararam Estado islâmico em Gaza

Terroristas islâmicos de um grupo pan-árabe desafiaram o domínio do grupo terrorista islâmico Hamas sobre a faixa de Gaza ao declarar na sexta-feira um "emirado islâmico" no território, levando a confrontos que mataram oito pessoas. Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas nos confrontos registrados na faixa de Gaza entre a polícia do grupo terrorista islâmico Hamas e do grupo terrorista sunita Khund Ansar Allah ("Os Guerreiros de Deus"), inspirado na rede terrorista Al Qaeda. O choque aconteceu na tarde de sexta-feira nos arredores da mesquita de Iben Taymeya, em Rafah, no sul da faixa de Gaza, na fronteira com o Egito. Os confrontos começaram logo após o fim das orações da sexta-feira (dia sagrado muçulmano), quando policiais do Hamas cercaram a mesquita depois que o xeque Abdelatif Moussa, chefe grupo terrorista islâmico sunita declarou o estabelecimento de um emirado islâmico em Gaza. Moussa, conhecido como Abu Al Nour AL Maqdessi (alcunha ao estilo da Al Qaeda), criticou o Hamas durante as orações por não implementar a sharia (lei islâmica) e anunciou que seu grupo está realizando esforços para impô-la. O terrorista Moussa fez a declaração cercado por quatro homens mascarados, armados com fuzis e cintos com explosivos. "Faço um apelo aos milicianos das Brigadas Qassam para que se unam a nós", disse o chefe terrorista, advertindo que se o Hamas e seu governo não implementarem a sharia no território palestino "se transformarão em um partido islâmico fraco". Embora o Khund Ansar Allah ("Guerreiros de Deus') tenha reunido apenas algumas centenas de homens para o evento no qual o emirado foi declarado, a iniciativa foi vista como mais um desafio à visão do Hamas de um estado islâmico palestino por parte de grupos militantes pan-árabes alinhados à rede terrorista Al Qaeda. O Hamas informou que suas forças de seguranças invadiram as fortalezas do movimento, incluindo a mesquita onde Moussa tinha anunciado a criação de um Estado teocrático. Segundo as testemunhas, a polícia do Hamas rodeou a mesquita e deteve durante um tempo Moussa e seus seguidores. Mais tarde começou um tiroteio entre a polícia do Hamas e os milicianos da Jihadi Salafi, ao qual se seguiu uma troca de tiros durante a qual foram lançadas várias bombas no bairro de Al Barazil. As forças do Hamas demoliram à tarde a casa do xeque Moussa. O Khund Ansar Allah e uma série de outros grupos pequenos e clandestinos tentam impor uma versão mais rigorosa da lei islâmica em Gaza e criticam o Hamas por não fazê-lo. Eles também se enfureceram com o Hamas por respeitar um cessar-fogo com Israel durante os últimos sete meses. Os líderes do Hamas têm dito que pretendem dar o exemplo e não impor as suas opiniões sobre os outros. Dizem também que sua luta violenta é contra Israel, e não contra o mundo ocidental. Os apelos dos grupos mais radicais por uma guerra santa global minam as tentativas do Hamas de parecer mais moderado aos olhos ocidentais.

Nenhum comentário: