sábado, 8 de agosto de 2009

Presidente do Conselho de Ética arquiva mais sete acusações contra Sarney

O presidente do Conselho de Ética do Senado Federal, o senador sem voto Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta sexta-feira mais sete acusações contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), acusado por tráfico de influência, ocultação de informações à Justiça Eleitoral e responsabilidade pelos atos secretos. As representações e denúncias contra o peemedebista foram apresentadas pelo PSDB, PSOL e pelos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Cristovam Buarque (PDT-DF). O senador sem voto Paulo Duque encaminhou à Secretaria da Mesa do Senado sua decisão por escrito, porque o prazo para análise das acusações terminava nesta sexta-feira. Em duas representações, o PSDB pedia que o conselho investigasse Sarney por favorecer a nomeação de parentes por meio de atos secretos na Casa, além da acusação de que teria beneficiado a empresa de seu neto, que operava empréstimos consignados na Casa. Numa terceira representação encaminhada ao conselho, o PSDB também pedia que o colegiado investigasse suspeitas de desvio de recursos públicos da Fundação José Sarney, no Maranhão, da qual o senador é presidente vitalício. No mesmo texto, os tucanos pediam que o conselho investigasse se Sarney mentiu ao afirmar que não possui responsabilidade administrativa sobre a fundação. O PSOL, por sua vez, pedia em uma quarta representação que o conselho apurasse as denúncias de que Sarney teria omitido da Justiça a posse de um imóvel no valor de R$ 4 milhões. O partido também acusa o peemedebista de manter conta secreta no exterior, e ainda pede investigações sobre os supostos desvios na Fundação Sarney. Além das quatro representações, Duque apresentou sua decisão sobre três denúncias encaminhadas ao conselho (duas assinadas por Virgílio e Cristovam, e outra de autoria apenas do líder do PSDB no Senado). O tucano acusa Sarney, na denúncia, de negociar a contratação do ex-namorado de sua neta na Casa. Na denúncia assinada pelos dois senadores, eles pediam a investigação da denúncia de que Sarney teria vendido terras não registradas em seu nome para escapar do pagamento de impostos sobre as propriedades. Na outra denúncia, Cristovam e Virgílio pediam explicações sobre a acusação de que Sarney teria sido beneficiado pela Polícia Federal com informações privilegiadas sobre o inquérito que investiga o seu filho, Fernando Sarney. Apesar de a oposição argumentar que há elementos que justifiquem a abertura de processos contra Sarney, Duque arquivou sumariamente todas as denúncias e representações sustentando que todas foram baseadas em notícias de jornais. E o senador é um suplente sem um miserável voto sequer para chegar ao Senado Federal, e ainda ocupa posto tão estratégico. Isso, por si só, demonstra a que ponto de cafajestice e abastardamento chegou o Senado Federal.

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