domingo, 30 de agosto de 2009

Peru pede à Interpol prisão de líder indígena acusado de protestos

Uma juíza no Peru pediu auxílio à Interpol para prender e extraditar o chefete indígena Alberto Pizango, asilado na Nicarágua desde junho. O governo peruano acusa o chefete bolivariano e membro do Foro de São Paulo de líder de rebelião e sedição contra o Estado pela violência que matou pelo menos 34 pessoas em junho durante protestos na Amazônia peruana. O epicentro da violência foi o povoado amazônico de Bagua Grande, que fica 1.400 quilômetros ao norte da capital, Lima. Cerca de 2,5 mil indígenas, em levante contra o governo, bloquearam estradas e a polícia enviou tropas de choque. A juíza Carmen Arauco disse que Pizango incitou a violência ao sugerir um protesto uma semana antes dos confrontos. Durante dois meses de protestos e bloqueios, que iniciaram em abril, Pizango liderou as manifestações contra o governo do presidente Alan Garcia por conta de uma série de decretos legislativos que visavam regular os recursos hídricos e florestais, e contra uma lei que permitiria às empresas estrangeiras explorar madeira e minérios em terras indígenas. Em junho, Pizango pediu asilo à Embaixada da Nicarágua e teve o pedido aceito. Além dele, outros dois chefetes indígenas também receberam asilo no país. A juíza Carmen Arauco pediu a prisão e extradição dos três chefetes.

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