terça-feira, 25 de agosto de 2009

Oposição recorrerá ao Supremo para tentar levar processos contra Sarney a plenário

Os senadores que apresentaram recurso contra a decisão do Conselho de Ética do Senado de arquivar 11 processos contra o senador José Sarney (PMDB-AP) irão ao Supremo Tribunal Federal para pedir que a Corte dê a última palavra sobre o caso. Os parlamentares vão ingressar com mandado de segurança pedindo que o plenário do Senado decida sobre o arquivamento das representações e denúncias contra Sarney. "Ao levar o recurso para o plenário, queremos que cada senador assuma para o País se está de acordo com a decisão de enterrar os processos, ou se é favorável às investigações", disse o senador José Nery (PSOL-PA). O mandado de segurança vai ser assinado pelos 11 senadores que recorreram contra a decisão do Conselho de Ética, com o pedido para que o recurso seja analisado no plenário do Senado. Os parlamentares também vão apoiar ação do PSOL questionando o fato de o plenário do Senado não ter analisado as denúncias e representações. O PSOL vai apresentar ao Supremo ação direta de quebra de preceito constitucional com o argumento de que a Constituição prevê que o Senado julgue os seus próprios pares. "Nosso último recurso é o Poder Judiciário, uma vez que não tivemos vitória nas tentativas aqui no Senado. Quem vai à Justiça tem que estar preparado para aceitar qualquer decisão. Vamos reclamar porque não nos foi dado o direito de fazer as investigações necessárias", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Na semana passada, o Conselho de Ética arquivou as 11 denúncias e representações contra Sarney. O grupo de 11 senadores recorreu à Mesa Diretora do Senado contra a decisão do colegiado, mas o recurso foi arquivado pela senadora petista Serys Slhessarenko (PT-MT), segunda-vice-presidente do Senado, uma sarneysista.

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