quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Marina Silva diz que falta de visão estratégica motivou sua saída do PT

Em carta que encaminhou ao presidente do PT, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), a senadora Marina Silva anunciou sua desfiliação do partido e disse que, apesar dos avanços conquistados durante os seis anos em que foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula, "faltaram condições políticas para avançar no campo da visão estratégica, ou seja, de fazer a questão ambiental alojar-se no coração do governo e do conjunto das políticas públicas". Marina Silva anunciou que está em processo de negociação para se filiar ao PV, mas não quis falar na possível candidatura à Presidência da República. Marina Silva explicou para Berzoini que não deseja mais continuar sua luta ambiental dentro do partido, e sim procurar um grupo que assuma "inteira e claramente um novo padrão de desenvolvimento para o Brasil". "É o momento não mais de continuar fazendo o embate para convencer o partido político do qual fiz parte por quase 30 anos, mas sim o do encontro com os diferentes setores da sociedade dispostos a se assumir, inteira e claramente, como agentes da luta por um Brasil justo e sustentável, a fazer prosperar a mudança de valores e paradigmas que sinalizará um novo padrão de desenvolvimento para o País", afirmou ela em um trecho de sua carta fundamentalista. De acordo com Marina Silva, a desfiliação não foi um processo fácil: "Ao contrário, foi intenso, profundamente marcado pela emoção e pela vinda à tona de cada momento significativo de uma trajetória de quase 30 anos, na qual ajudei a construir o sonho de um Brasil democrático, com justiça e inclusão social, com indubitáveis avanços materializados na eleição do presidente Lula, em 2002". Isto é figura de retórica, porque Marina Silva já tem experiência de “troca de religião e de igreja”. Ela trocou a igreja Católica pela adventista. Portanto, não há mistério em sair do PT, que se constitui em outra igreja.

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