quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Homem de Agaciel tentou legalizar atos secretos antigos

Partiu de um integrante da chamada tropa de choque do ex-diretor geral do Senado Federal, o inefável Agaciel Maia, a ordem para que os 468 atos secretos revelados nesta quinta-feira, editados entre 1998 e 2000 como "suplementares", fossem publicados após 29 de maio no Boletim de Administração de Pessoal, sistema que divulga esses dados. Promovido a diretor de Recursos Humanos em março, Ralph Siqueira, um daqueles que fazia parte da “cortezinha” do inefável Agaciel Maia, ordenou a introdução dos atos no sistema para legalizá-los, como integrante da comissão que investigou a existência de atos secretos no Senado Federal. A ação, detectada por um grupo de servidores não-alinhados com a chamada "turma do Agaciel", escancarou o conflito de bastidor no Senado Federal entre os funcionários. O “inefavelzinho” Ralph Siqueira admitiu, nesta quinta-feira, a responsabilidade pelas publicações desses atos, que, assim como os demais, tratam de nomeações, criação de cargos e gratificações a servidores, mas negou que tenha feito isso na surdina. Na opinião do ‘inefavelzinho” Ralph Siqueira, esses 468 atos não seriam secretos porque foram impressos pela gráfica do Senado na época, apesar de não terem tido publicidade externa. O cara inventou uma leitura especial da Constituição brasileira somente para ele, mas com validade para todos os brasileiros. Ralph Siqueira era um dos homens de confiança de Agaciel Maia. Foi advogado-geral adjunto até outubro, uma espécie de braço-direito do então advogado-geral, Alberto Cascais, outro inefavelzinho” que fazia parte da tropa de choque do inefável Agaciel Maia. Foi Ralph Siqueira também que determinou a publicação, na surdina, dos outros 500 boletins sigilosos, cuja existência foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo no dia 10 de junho. O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI) reagiu: “Considero sabotagem, ou até mesmo molecagem, por parte de servidores que se acham fundamentalistas e acreditam que ainda vão voltar ao poder". O senador insinuou que o grupo de Agaciel Maia está por trás dessa manobra: "Não gosto de fulanizar. Mas, com certeza, foram pessoas de gestões passadas, tentando desestabilizar a atual gestão".

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