terça-feira, 25 de agosto de 2009

Força Sindical diz que vai pagar por mesa quebrada em tumulto na Câmara

A Força Sindical informou que vai pagar por uma mesa quebrada na Câmara durante um tumulto envolvendo manifestantes de centrais sindicais e representantes do empresariado. Os dois grupos divergiram no plenário da Câmara em torno da proposta que reduz a jornada de trabalho. O tumulto aconteceu em frente ao plenário. Manifestantes das centrais sindicais quebraram uma mesa de vidro e espalharam pelos corredores da Câmara centenas de panfletos, jornais, papéis de balas e sacos plásticos. O protesto repercutiu nos discursos no plenário. O presidente da Câmara, deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), tentou controlar a situação: "Estamos vendo as vibrações nos corredores da Câmara, mas aqui dentro precisamos debater o assunto do ponto de vista técnico". A Câmara discutiu nesta terça-feira a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, que reduz de 44 para 40 horas a jornada semanal de trabalho. Estavam agendados 30 especialistas sobre o assunto indicados pelo governo, sindicalistas e empresários. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, saiu em defesa da aprovação da matéria. Lupi pediu aos parlamentares uma discussão "desapaixonada" sobre o tema. Segundo o ministro, terá um impacto significativo no custo total da produção brasileira, aumentando cerca de 2 pontos percentuais passando dos atuais 22% para 23,99% do custo total da produção. Em resposta, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB-PE), afirmou que é preciso que a jornada de trabalho seja discutida caso a caso, sem uma determinação na Constituição. Monteiro disse que o Brasil já pratica uma carga horária inferior a determinada em 1988.

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