segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ex-militares fazem mapa com possíveis locais de ossadas

Inconformados por não terem sido procurados pela comissão governamental que busca ossadas no Araguaia, militares que atuaram na repressão à guerrilha preparam um mapeamento com a indicação de pelo menos 20 locais de sepultamentos clandestinos. Fora do Exército desde o fim da guerrilha, no início dos anos 70, eles dizem lembrar de áreas onde estariam enterrados alguns dos cerca de 60 guerrilheiros do então clandestino PCdoB oficialmente desaparecidos. Fundador da Associação dos Ex-Combatentes da Guerrilha do Araguaia, que reúne cerca de 600 membros, Raimundo Pereira de Melo, de 56 anos, foi soldado no Araguaia. Ele diz que a maioria dos locais vasculhados no último mês pelos membros da comissão está correta, mas que os pontos de abertura de valas são equivocados. A associação ouviu ex-militares radicados no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. As informações são as de que há guerrilheiros enterrados em Xambioá e nos municípios paraenses de Marabá, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e Brejo Grande. Pereira de Melo diz que pode apontar, em Xambioá, onde foram enterrados Osvaldo da Costa, o Osvaldão, e Valquíria Afonso. Seria na antiga base, hoje desativada. O Ministério da Defesa informou que a comissão tem interesse em ouvir todos aqueles com informação sobre as ossadas e que está à disposição dos ex-militares.

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