terça-feira, 25 de agosto de 2009

BNDES diz que reservas podem chegar a US$ 230 bilhões até o fim do ano

A diferenciação da economia brasileira frente às outras em meio à crise econômica vai atrair recursos para o País, o que deve fazer com a taxa de câmbio caia ainda mais, afirmou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Segundo ele, para compensar esse movimento, o Banco Central vai entrar no mercado para comprar dólares, o que deve fazer com que as reservas internacionais do País atinjam até US$ 230 bilhões nos próximas cinco meses. "O Brasil tem qualidades tão grandes que vai ser uma economia que atrairá muito capital", disse Luciano Coutinho. Segundo dados do Banco Central, as reservas estavam em US$ 213,956 bilhões no dia 20 de agosto. O presidente do BNDES afirmou que a partir de março começou a haver uma melhora na economia, mas ressaltou que "o jogo ainda não está ganho". De acordo com ele, para consolidar essa recuperação no segundo semestre é preciso manter o clima de confiança, sustentar o esforço de investimento público e papel dos bancos públicos "até que os privados reajam de forma mais incisiva" e continuar a política de renúncia fiscal. "O que deve haver é uma continuidade das medidas que já estão tomadas, acho que não precisa mais nada de adicional", afirmou ele. Coutinho disse ainda que o BNDES prepara, a pedido do ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, um projeto para financiar e incentivar as exportações do País, o que inclui a criação de uma espécie de Eximbank, como há nos Estados Unidos, no Japão e em outros países. "Se esse Eximbank nascer como subsidiária do BNDES, poderia herdar a carteira de comércio exterior do banco, que é expressiva, está por volta dos US$ 15 bilhões, US$ 16 bilhões. Então ele já nasce com um ativo expressivo e isso permite ter uma velocidade inicial já considerável", afirmou Luciano Coutinho.

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