terça-feira, 11 de agosto de 2009

Associação Mundial de Jornais pede ação de Lula contra censura à imprensa

Em carta conjunta enviada à presidência da República e ao Supremo Tribunal Federal, a Associação Mundial de Jornais e o Fórum Mundial de Editores condenaram nesta segunda-feira a decisão judicial que proibiu o jornal O Estado de S. Paulo e o portal www.estadao.com.br de publicarem informações sobre a Operação Faktor, mais conhecida como Boi Barrica. O recurso judicial que pôs o jornal sob censura foi ajuizado pelo empresário Fernando Sarney, do ramo de comunicações (entre outros negócios), filho do presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), que é alvo das investigações. Os advogados do empresário afirmam que O Estado praticou crime ao publicar trechos das conversas telefônicas gravadas na operação com autorização judicial. Segundo eles, a divulgação de dados das investigações fere a honra da família Sarney. A liminar foi expedida pelo desembargador Dácio Vieira, do Tribuna de Justiça do Distrito Federal e Territórios, amigo de Sarney, depois que o jornal divulgou áudios em que Fernando e José Sarney falam sobre distribuição de cargos no Senado. Na carta, as entidades lembram “que a medida judicial de proibir as reportagens se constitui em um caso de censura e é uma clara violação do direito de livre expressão, que é garantido por inúmeras convenções internacionais, incluindo a Declaração Mundial dos Direitos Humanos”. Juntas, as duas associações representam 18 mil publicações, 15 mil sites e mais de 3 mil companhias em mais de 120 países.

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