segunda-feira, 6 de julho de 2009

Senado diz que vai contratar auditoria para analisar contas sigilosas

O Senado vai contratar uma auditoria externa para analisar a movimentação de três contas bancárias paralelas (clandestinas, sem qualquer controle) da instituição criadas em 1997 e administradas nos últimos anos pelo ex-diretor-geral, o inefável Agaciel Maia. As contas somam R$ 160 milhões e não estão na contabilidade oficial do Senado nem no Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos público). O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, divulgou nota neste domingo negando que as contas sejam secretas. De acordo com Tajra, as contas do SIS (Sistema Integrado de Saúde) foram aprovadas pela Resolução do Senado Federal nº 86, de 1991, e publicado no Diário do Congresso Nacional. Tajra afirmou que não há irregularidade no fato desses recursos não estarem no SIAFI. "Tais contas não são movimentadas via SIAFI porque não se tratam de recursos públicos, mas recursos provenientes do desconto da contribuição mensal paga pelos usuários do SIS, que são os funcionários do Senado Federal e seus dependentes. A eventual inclusão do saldo dessas contas no SIAFI somente poderá ser realizada mediante operação que diferencie tais recursos dos recursos orçamentários que representam a contribuição patronal, sendo que essa contribuição sempre foi movimentada via SIAFI", afirma o documento. O diretor-geral, o segundo sucessor de Agaciel, do mesmo timinho dele, sustenta que há controle na utilização do dinheiro do SIS porque são elaborados relatórios da movimentação das contas do que estão à disposição do seu Conselho de Supervisão.

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