terça-feira, 7 de julho de 2009

Presidente do PSDB diz que Yeda Crusius sofre por "ser mulher" e "ter promovido ajuste no Estado"

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), aproveitou seu discurso sobre o aniversário do Plano Real, nesta terça-feira, em sessão conjunta do Congresso Nacional, em Brasília, para defender a governadora do Rio Grande do Sul, sobre as denúncias de suposto caixa 2 em sua campanha eleitoral, endossada por uma parte da mídia gaúcha que escandalosamente já aderiu à campanha eleitoral petista do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao governo do Estado. Disse Sérgio Guerra: “Yeda Crusius enfrenta uma maré de incompreensões em função de ser mulher e de ter promovido um ajuste fiscal no Estado que está apresentando um enorme custo político ao mandato dela”. Isso é absolutamente verdadeiro. Yeda Crusius sentou em cima do cofre para restaurar a estabilidade das finanças públicas, acabar com o déficit “estrutural” que durava mais de 30 anos, e que nenhum político homem, de nenhum partido, da extrema direita à extrema esquerda, foi capaz de combater. É um fato notório que, quanto mais esculhambadas as finanças de um Estado, mais fácil fica de roubar, de assaltar os cofres públicos. Isso é o que vinha ocorrendo no Estado do Rio Grande do Sul há 30 anos. Essa tendência se intensificou desde a instituição da reeleição. Então, com as famigeradas coligações e formações de “bases aliadas” em nome dessa comparsa da corrupção chamada “governabilidade”, o aparelho de Estado foi assaltado por múltiplas quadrilhas, que se especializaram na atuação em alguns setores da máquina pública. Há quadrilha para tudo, desde a que opera na área de informática, controlando contratações de consultorias, compras de equipamentos e softwares, até no lixo. Essas quadrilhas são formadas por quadros dos partidos, que “compram” proteção política. Ou seja, pagam mensalmente a um chefete político o direito de saquear uma determinada área, contra um régio pagamento mensal ao chefete. Isso ficou absolutamente explícito a partir do início do governo Germano Rigotto (PMDB), e o grande exemplo é o Detran gaúcho. A Operação Rodin deslindou como funcionou o esquema corrupto montado para o desvio de recursos da autarquia que se gerou no início do governo Rigotto. Para a comprovação desse verdadeiro tsunami, seria instrutivo se o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizessem um levantamento das mansões construídas ou adquiridas nos últimos quatro anos por figuras públicas que não têm como justificar a aquisição de tais imóveis. Um esquema diferente era utilizado durante o governo petista de Olívio Dutra no Detran, e utilizava muito a famigerada Fenaseg, que é investigada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

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