segunda-feira, 6 de julho de 2009

Grupo de clérigos desafia líder supremo e diz que eleição do Irã é ilegítima

O grupo mais importante de líderes religiosos do Irã considerou ilegítimos a eleição presidencial no Irã e o governo de Mahmoud Ahmadinejad, eleito no último dia 12 em uma disputa polêmica devido às acusações de fraude pela oposição. Este é o primeiro desafio ao líder supremo do país e aponta para um forte racha entre a cúpula religiosa. A Associação de Pesquisadores e Professores de Qum representa um significativo apoio ao governo e, especialmente, à autoridade do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, máxima autoridade política do país, com poder, inclusive, de nomear o presidente. Após a vitória de Ahmadinejad, contestada pela oposição, o aiatolá apoiou o resultado das urnas e deu sua aprovação à reeleição do presidente. O governo tem se esforçado para acusar a oposição e seu principal líder, o candidato à Presidência Mir Hussein Mousavi, como criminosos e traidores. Agora, a opinião da associação faz desse esforço algo mais complexo. "Essa quebra religiosa e o fato de eles estarem se aliando ao povo e a Mousavi são, no meu ponto de vista, o racha mais marcante da história em mais de 30 anos da República Islâmica", afirmou Abbas Milani, diretor do programa de estudos iranianos da Universidade de Stanford: "É válido lembrar que o grupo está indo contra uma eleição verificada e santificada por Khamenei”.

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