terça-feira, 28 de julho de 2009

Entidades patronais abandonam Codefat e acusam governo Lula de interferência

Representantes dos setores empregadores anunciaram nesta terça-feira sua retirada do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo do Trabalhador), por divergências na eleição para a presidência da entidade realizada nesta terça-feira. Em nota, os representantes da indústria, comércio, bancos e agropecuária acusaram o Ministério do Trabalho de interferir na escolha. O Codefat é responsável por gerir um patrimônio que hoje está em quase R$ 160 bilhões. É desse montante que saem os recursos para pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e parte dos empréstimos do BNDES. As entidades que se retiraram são CNI (indústria), CNC (comércio) CNA (agropecuário) e Consif (bancos). Elas apoiavam a candidatura de Fernando Antonio Rodrigues, representante da CNA. Mas, o candidato eleito foi Luigi Nesse, presidente da CNS (Confederação Nacional de Serviços), que teve 12 votos a favor. Houve duas abstenções, dos representantes dos ministérios da Previdência e Agricultura. As entidades patronais reclamam do apoio do governo Lula à Confederação Nacional de Serviços, uma entidade pelega, que só entrou no conselho em abril deste ano, por decisão do governo, criada pelo pelegão número um, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. As quatro grandes confederações que abandonaram o Codefat faziam parte do conselho desde a sua criação, em 1990. Com essa jogada, que derrubou o princípio da rotatividade entre as confederações na presidência da entidade, o pelegão Lupi conseguiu colocar as mãos em 160 bilhões de
reais do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

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