Déficit da Petrobrás pode ser zerado em seis anos

O petróleo extraído abaixo da camada de sal na Bacia de Santos deve zerar, no prazo máximo de seis anos, o déficit da balança comercial da Petrobrás, que no ano passado chegou a quase US$ 3 bilhões. Apesar de não ser tão leve quanto o padrão internacional do petróleo de referência (Brent e WTI), esse óleo é de melhor qualidade do que o produzido na Bacia de Campos, e deverá ficar mais valorizado quando for produzido em larga escala. A partir de 2015, quando as plataformas na Bacia de Santos começarem a operar, a Petrobrás poderá zerar o déficit, seja substituindo o atual petróleo leve importado, seja exportando esse óleo por um valor maior, comentou o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Nos últimos dias a Petrobrás iniciou o refino do óleo produzido no Teste de Longa Duração do bloco de Tupi, na Bacia de Santos. Essa fase de testes tem previsão de término no segundo semestre de 2010. A primeira carga, de 315 mil barris, foi levada para a Refinaria de Capuava (Recap), em São Paulo. No fim de 2010, entrará em operação o projeto-piloto de Tupi, que vai produzir 100 mil barris por dia. Para 2020, a previsão é de que o pré-sal brasileiro esteja produzindo 1,8 milhão de barris por dia, volume quase equivalente ao total consumido hoje no País.