sábado, 4 de julho de 2009

Avião da Air France estava incapacitado para voar por piloto automático

O Airbus A330 da Air France, que caiu no oceano Atlântico no dia 31 de maio estava impossibilitado de voar por meio do sistema de piloto automático no momento da queda. A informação foi dada por Alain Bouillard, do BEA (Escritório francês de Investigação e Análise), que lidera as investigações sobre o acidente. A aeronave fazia a rota Rio-Paris e transportava 228 pessoas de 32 nacionalidades. Ele afirmou que isso ocorreu em razão de o sistema de piloto automático não estar recebendo informações sobre velocidade, vento ou direção: "Isso indica que, nesse caso, o avião tem de ser guiado pelo piloto”. Quanto à causa da incoerência entre as informações relativas a velocidade da aeronave, os investigadores franceses afirmaram que não está descartada a hipótese de que tenha sido causado pelo congelamento dos tubos Pitot. "A responsabilidade dos tubos Pitot não foi afastada, eles ainda podem ser considerados a causa do acidente. Neste estágio das investigações estamos buscando relação entre a incoerência de velocidade e os tubos Pitot", afirmou Bouillard. Os investigadores informaram que o avião não se partiu em vôo, e sim caiu de forma vertical na água. "A análise visual dos destroços do avião mostra que a aeronave não foi destruída em vôo. Parece ter atingido a superfície da água em linha de vôo, com forte aceleração vertical", dizem os investigadores do BEA. Com a ausência dos dados da caixa-preta, as investigações do BEA estão baseadas nas mensagens automáticas enviadas pelo avião minutos antes de perder contato e em análises feitas em destroços e nos 51 corpos de passageiros resgatados.

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