sábado, 11 de julho de 2009

AGU entrega à Justiça documentos da União sobre Guerrilha do Araguaia

A Advocacia-Geral da União devolveu nesta sexta-feira à Justiça o processo da Guerrilha do Araguaia, movimento armado organizado e executado pelo PCdoB, ao qual foi acrescentado o relatório do Ministério da Defesa. Com a quebra do sigilo das informações militares relativas a todas as operações realizadas, exigida por parentes de participantes da guerrilha, a União cumpre a sentença judicial que determinou a localização dos restos mortais dos que estiveram envolvidos no conflito. O processo sobre a indicação de sepultamento, atestado de óbitos e exibição de documentos relativos à Guerrilha do Araguaia tramita na Justiça desde 19 de fevereiro de 1982. Os autos haviam sido retirados do Tribunal pela Advocacia Geral da União em 12 de março. Segundo a Advocacia Geral da União, o relatório de 200 páginas reúne toda a documentação disponível no âmbito da União sobre as operações militares na guerrilha, como as informações sobre os enfrentamentos armados, as prisões de civis, o recolhimento de corpos e identificação de guerrilheiros. Há também, segundo a AGU, as "averiguações de peritos, o destino dado aos restos mortais encontrados e as informações de transferência de civis, vivos ou mortos, para quaisquer áreas". A chamada Guerrilha do Araguaia foi planejada e executada pelo PCdoB na década de 60, antes da edição do AI5, quando ainda era possível desenvolver oposição e fazer política de massas. O PCdoB pretendia fazer a revolução comunista e instaurar a ditadura do proletariado no Brasil.

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