quarta-feira, 10 de junho de 2009

Senador petista Aloizio Mercadante diz que CPI da Petrobras é “natimorta”

Depois de dois adiamentos, a instalação da CPI da Petrobras foi marcada para o meio-dia desta quarta-feira, e não foi instalada. É claro, já tinha sido armado pelo governo Lula que os senadores subalternos disparassem de avião para “suas bases”. Na linha de frente da articulação de “assassinato de CPI” atuou o senador petista Aloizio Mercadante. O líder do PT condicionou o início da investigação da Petrobras à devolução da relatoria da CPI das ONGs ao governista Ignácio Arruda (PCdoB-CE). Disse que, mantido o impasse, nenhuma das duas CPIs irá adiante. “Sem acordo, uma CPI, a da Petrobras, é comissão natimorta. A outra, das ONGs, fica inviabilizada porque não daremos quorum para deliberação”. Essa é a qualidade do “democrata petista”. Diz ele: “Criou-se um impasse. A oposição contribuiu decisivamente. Eles sabem que não podem fazer o estão fazendo. Fizemos um acordo. Honramos. Demos a presidência da CPI das ONGs para a oposição. Ficamos com a relatoria. O presidente era o Raimundo Colombo. No ano passado, quiseram trocar. Indicaram o Heráclito Fortes. Elegemos novamente o presidente deles. Não é admissível que queiram afastar o relator do nosso bloco, nomeando outro. Formulamos uma questão de ordem. Cabe ao presidente responder. Se ele nega, podemos recorrer ao plenário da CPI. Em última instância, ao plenário do Senado”. Naturalmente, para cada situação nova, o senador petista Aloizio Mercadante tem uma versão diferente. Assim, interrogado sobre o fato de a base aliada ter aceitado compartilhar a direção da CPI das ONGs, e agora rejeitar essa possibilidade na CPI da Petrobras, ele diz: “Podemos fazer acordo em uma comissão e não fazer na outra. Antes da formalização da CPI, houve um acordo. Seria feita uma audiência pública com o presidente da Petrobras. O PSDB rompeu esse acordo. Temos a prerrogativa de não compartilhar o comando da comissão. Chegamos a um impasse”.

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