terça-feira, 2 de junho de 2009

Procuradoria pede indenização de R$ 2,1 bilhões por desmatamento no Pará

O Ministério Público Federal no Pará ajuizou na segunda-feira um pacote de ações pedindo uma indenização total de R$ 2,1 bilhões de pecuaristas e frigoríficos que comercializaram animais criados em fazendas desmatadas ilegalmente. São 21 ações civis públicas, que visam reparar o dano ambiental. Cada uma delas se refere a uma área diferente, a maior parte delas espalhada pelo sudeste do Estado. Juntas, têm 157,1 mil hectares de mata derrubada sem autorização, extensão pouco maior do que a da cidade de São Paulo. Nove delas são da Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, ligada ao grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. Entre os outros proprietários estão Léo Andrade Gomes, listado pelo Ministério do Meio Ambiente no ano passado como a pessoa física que mais destruiu a floresta no País. O frigorífico Bertin, o segundo maior do País, também é processado, assim como ao menos outros dez. No caso do Bertin, o Ministério Público Federal diz que ele também negociava gado criado em terra indígena da etnia Apiterewa, em São Félix do Xingu (PA). Além disso, a Procuradoria da República recomendou a 69 empresas, que seriam clientes dos frigoríficos, que parem de comercializar com eles. Entre elas estão gigantes varejistas como Pão de Açúcar, Wal-Mart, Carrefour e Makro. A Perdigão também foi apontada como compradora. Se continuarem como clientes, serão consideradas coautoras dos crimes ambientais e podem vir a responder processos.

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