domingo, 14 de junho de 2009

Polícia Federal e Ministério Público vão à Justiça para obter documentos do Senado

A Polícia Federal e o Ministério Público já decidiram: vão recorrer ao Judiciário para conseguir os documentos do Senado Federal com as listas das milionárias e suspeitas transações de empréstimos consignados. Um inquérito, que está sob o comando do delegado federal Gustavo Buquer, foi aberto no dia 13 de maio para investigar a atuação da Contact Assessoria de Crédito como intermediária em contratos de crédito consignado feitos pelos servidores e que movimentam cerca de R$ 12 milhões mensais no Senado. Em menos de um mês, o delegado federal fez três ofícios (dois dos quais de reiteração) solicitando à presidência do Senado os documentos com os empréstimos feitos pelas instituições de crédito conveniadas com o Legislativo. O primeiro ofício foi enviado em 14 de maio e dava prazo de cinco dias para receber os documentos. Entre 22 de maio e 1º de junho, outros dois ofícios com prazo de mais cinco dias cada um. E também nenhuma resposta. O delegado e o procurador Gustavo Pessanha, que também trabalha no inquérito, vão recorrer à Justiça para conseguir os documentos. O inquérito foi aberto porque há indícios de participação do ex-diretor João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos) em um esquema de intermediação e cobrança de propina nas transações do crédito consignado por meio da Contact - a empresa tem como sócia Maria Izabel Gomes, 83 anos, ex-babá de Zoghbi que foi usada como laranja.

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