quarta-feira, 3 de junho de 2009

OEA revoga suspensão de Cuba após 47 anos

Os chanceleres que participam da 39ª Assembléia Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), realizada em Honduras, chegaram nesta quarta-feira a um acordo para revogar a suspensão de Cuba que começou há 47 anos. "Já foi aprovada neste momento por todos os chanceleres, por consenso. A decisão foi tomada "sem condições", mas estabelece mecanismos para o retorno de Cuba, incluindo a concordância do país em cumprir as convenções da OEA sobre direitos humanos e outros assuntos. "A Guerra Fria terminou neste dia em San Pedro Sula," disse o presidente hondurenho Manuel Zelaya imediatamente após o anúncio, referindo-se à cidade de seu país na qual o encontro de ministros está sendo realizado. O governo norte-americano, representado no encontro na terça-feira pela secretária de Estado, Hillary Clinton, defendia que o retorno de Cuba à organização fosse condicionado a avanços do regime cubano no aumento das liberdades civis e políticas para atender aos critérios democráticos da OEA. Cuba foi suspensa da OEA por uma resolução aprovada em 22 de janeiro de 1962, em função de o país ter se juntado ao bloco comunista. A OEA acusou a ditadura comunista cubana de receber armas de "potências comunistas extracontinentais", uma referência à União Soviética e à China. Não deu outra. Em outubro do mesmo ano ocorreu um dos episódios mais tensos da Guerra Fria, a crise dos mísseis cubanos, quando a ex-União Soviética teve a petulância de transferir e instalar ogivas nucleares para a ilha, a poucos quilômetros dos Estados Unidos. O ex-ditador cubano Fidel Castro, fundador da dinastia comunista Castro, escreveu no jornal estatal "Granma" nesta quarta-feira que a OEA deveria não existir, e que a organização, historicamente, tem "aberto portas para o Cavalo de Tróia (os Estados Unidos) devastar a América Latina". Fidel Castro é uma excrescência que a história demora a varrer para a cesta do lixo.

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