terça-feira, 16 de junho de 2009

Itália investiga grupo fascista de patrulha cidadã

A Procuradoria de Milão, na Itália, investigará as "rondas negras", grupos de vigilantes integrantes do grupo fascista ultradireitista Movimento Social Italiano Direita Nacional (MSI-DN), fundado por Gaetano Saya, criador de diversos partidos radicais e processado em 2004 por difundir idéias de superioridade e ódio racial. Entre as idéias defendidas por Saya está a de que os imigrantes são um perigo para a "nossa raça", o que sugere o risco do grupo vigilante em um país com alta taxa de imigrantes. Saya explicou que as rondas cidadãs receberam mais de 2.000 inscrições e continuam crescendo, sobretudo entre os ex-membros das forças de segurança italianas. À espera de uma autorização do governo para iniciar as patrulhas, os integrantes do grupo afirmam que estão organizados e preparados para obedecer a seu comandante. O uniforme também está pronto: roupa branca com detalhes em preto e uma águia imperial romana, símbolos do fascismo. As fotos dos vigilantes uniformizados causou polêmica na Itália e crítica da oposição que chama as patrulhas de "delírio" fascista. Um dos procuradores de Milão, Armando Spataro, chefe do grupo de combate ao terrorismo, afirmou que formalizará a acusação de apologia ao fascismo contra os integrantes do grupo nos próximos dias.

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