segunda-feira, 29 de junho de 2009

Governo tira Petrobras das contas públicas e dívida do setor público sobe

O fim da contribuição da Petrobras para as contas públicas elevou o endividamento da União, dos Estados e dos municípios. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central, a dívida pública subiu em maio pelo quinto mês consecutivo. O principal indicador que mede a dívida líquida do setor público (relação dívida/PIB, Produto Interno Bruto) subiu de 41,4% em abril para 42,5% no mês passado. O dado referente ao mês de abril foi revisado por conta da mudança. Originalmente, o endividamento estava em 38,5%. Mas, sem a Petrobras, passou para 41,4%. A decisão de tirar a Petrobras das contas públicas tem como objetivo liberar a estatal para investir cerca de R$ 15 bilhões por ano e ajudar a reativar a economia brasileira após o impacto da crise econômica internacional. Em termos absolutos, o valor da dívida de abril foi revisto de R$ 1,124 bilhão para R$ 1,207 bilhão. Em maio, subiu para R$ 1,245 bilhão. A mudança em relação à Petrobras também tem impacto no superávit primário, a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. O governo federal decidiu que neste ano irá reduzir essa economia de 3,8% para 2,5% do PIB. O objetivo é compensar a queda na arrecadação e aumentar o espaço para gastos e investimentos. Em maio, o superávit primário do setor público ficou em R$ 1,119 bilhão. No acumulado do ano, o dado até abril foi revisto de R$ 33,403 bilhões para R$ 30,760 bilhões. Em maio, chegou a R$ 31,879 bilhões. Em 12 meses, o superávit primário soma R$ 66,908 bilhões (2,28% do PIB). É o pior resultado da série revisada pelo Banco Central desde junho de 2004, quando estava em R$ 65,7 bilhões.

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