segunda-feira, 1 de junho de 2009

General Motors pede concordata e vai fechar 11 fábricas

Um mês depois da Chrysler, a montadora norte-americana General Motors, segunda maior do mundo, recorreu nesta segunda-feira à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa agora está sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências norte-americana, equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O pedido da GM é o terceiro maior da história dos Estados Unidos, sendo o maior já feito pela indústria manufatureira do país. Em termos de ativos (US$ 82 bilhões), a concordata da GM só fica atrás dos colapsos do banco de investimento Lehman Brothers e da companhia de telecomunicações WorldCom. O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas. O executivo Al Koch, de 67 anos, especialista em reestruturação de empresas, vai conduzir o processo. No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e controlará 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12,5% de participação acionária. O sindicato UAW (United Auto Workers) terá 17,5% dos títulos. Neste fim de semana, os credores da GM aceitaram trocar US$ 27 bilhões das dívidas da companhia por participação na "nova GM", com possibilidade para comprar até 15% dos ativos futuramente. Após a reestruturação, o Tesouro dos Estados Unidos deve surgir como principal detentor da futura companhia, com 72,5% de participação acionária. A GM deverá 21 mil funcionários, além de vender quase a metade de suas marcas.

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