quinta-feira, 11 de junho de 2009

Ex-diretor do Senado, autor dos atos secretos, recebe políticos em casamento de filha

O ex-diretor-geral do Senado Federal, Agaciel Maia, recebeu na noite de quarta-feira políticos e amigos para celebrar o casamento da filha, Maiana, com Rodrigo Cruz, em um dos salões mais luxuosos de Brasília. O novo genro é um desconhecido dos corredores do Senado Federal. Mas uma figura que aparece nos secretos da Casa emitidos enquanto Agaciel Maia era o diretor geral. Rodrigo Cruz não pode reclamar do seu sogro. Em 18 de janeiro de 2007, Rodrigo Cruz foi nomeado por Agaciel Maia, por meio do ato secreto de número 95, para trabalhar como assistente-parlamentar no gabinete do então senador Maguito Vilela (PMDB-GO) pelo salário de R$ 2,6 mil. Um ano depois, ganhou uma promoção: o genro do homem mais poderoso da administração do Senado virou secretário do curso de Educação do Interlegis, programa digital da Casa para o ensino legislativo, um dos principais braços políticos de Agaciel Maia. E aí o salário do pimpolho subiu para R$ 8,1 mil. As movimentações internas do genro de Agaciel Maia no Senado Federal foram todas assinadas pelo então diretor-adjunto e hoje diretor-geral, José Alexandre Gazineo, que é do mesmo time. Sabia o que estava fazendo. Até para exonerar o pimpolho-genro, isso foi feito por meio de ato secreto. Agaciel Maia trabalhava há 33 anos no Senado Federal e estava há 14 na diretoria-geral. Quando saiu, foi aclamado por 104 chefes de serviço, subsecretários e coordenadores que agraciou com status de diretor, aumento salarial e vaga na garagem do prédio. Merecem todos o epíteto que Lula pespegou nos deputados federais.

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