domingo, 28 de junho de 2009

Enterrado em São Paulo o corpo do jurista Goffredo da Silva Telles

O corpo do jurista Goffredo Carlos da Silva Telles Júnior, de 94 anos, foi enterrado por volta das 17 horas deste domingo no cemitério da Consolação, em São Paulo. Ao longo do dia, o corpo do jurista, que morreu na noite de sábado, foi velado no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), no Largo São Francisco. Familiares disseram que Goffredo Carlos da Silva Telles estava em casa e morreu de causas naturais, por volta das 19 horas de sábado. De acordo com sua filha, Olívia Raposo da Silva Telles, o advogado "morreu de velhice, como um passarinho". Além de Olívia, ele deixa a mulher, Maria Eugênia, e duas netas. Goffredo Carlos da Silva Telles era filho de Goffredo Teixeira da Silva Telles. Ele concluiu o curso em 1937 na Faculdade de Direito da USP. Em 1932, participou como soldado da Revolução Constitucionalista de São Paulo. Desde 1940 era professor de direito na USP, onde lecionou por 45 anos. Só parou de dar aula porque foi obrigado por uma lei estúpida, que obriga à aposentadoria compulsória aos 70 anos. Foi um dos mais destacados combatentes pela democracia e pelo Estado de Direito da História do Brasil. Em 1946, foi deputado constituinte e notabilizou-se, entre outras causas, pela defesa da Amazônia. Em 1977, em pleno regime militar, redigiu e leu a "Carta aos Brasileiros", marco da resistência democrática. Segundo a filha, apesar da aposentadoria em 1985, o jurista continuou trabalhando no seu escritório e nos últimos anos orientava alunos. Ele recebeu o título de professor emérito da Universidade de São Paulo. Em setembro de 1967, ele se casou com Maria Eugênia Raposo da Silva Telles, advogada, formada pela Faculdade de Direito da USP.

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