domingo, 28 de junho de 2009

Eleições terminam na Argentina, com alto comparecimento dos eleitores

As eleições legislativas da Argentina foram encerradas às 18 horas deste domingo com altos índices de afluência do eleitorado, que não se intimidou mesmo com a ameaça da gripe suína que atinge o país com intensidade. Os cerca de 27,8 milhões de argentinos convocados ao pleito compareceram às urnas para eleger metade das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e um terço dos 72 assentos do Senado. Não houve denúncias de fraude ou de episódios violentos. O partido de direita PRO, do chefe de Governo de Buenos Aires, Mauricio Macri, foi o único a apresentar uma denúncia contra "pressões" sofridas por seus fiscais no município de Merlo, ao norte da capital argentina. Por ser realizado na metade da gestão presidencial é considerado um teste ou uma espécie de plebiscito sobre o governo. Se os candidatos do governo atual da presidente Cristina Kirchner vencerem, será mantida a maioria do Executivo nas duas casas. Mas, se perderem, o governo será obrigado a negociar seus projetos com a oposição, o que não vinha acontecendo até agora, com as medidas apresentadas pela presidência tendo sido logo aceitas. A província de Buenos Aires é o maior distrito eleitoral do país e, junto com a cidade de Buenos Aires, tem força para definir uma eleição, seja ela legislativa ou presidencial na Argentina. Dos quase 28 milhões de eleitores, cerca de 38% (aproximadamente 10 milhões) vivem na província de Buenos Aires, que vai eleger 35 deputados. A capital conta com 2,4 milhões de eleitores, número menor do que o total de outras províncias, mas que costuma antecipar a tendência de voto dos argentinos. Entre os principais candidatos estão o ex-presidente argentino Nestor Kirchner, que governou o país entre 2003 e 2007, e concorre ao cargo de deputado pela província de Buenos Aires. Kirchner, marido de Cristina Kirchner, é presidente do Partido Justicialista e da Frente Justicialista para a Vitória, um braço do peronismo. Seu principal opositor é o candidato Francisco de Narváez, da aliança União-PRO, crítico do governo de Cristina. Na cidade de Buenos Aires, a principal candidata é Gabriela Michetti, do PRO, aliada do prefeito Maurício Macri e opositora do casal Kirchner. Serão eleitos 129 deputados de um total de 257, nos 24 distritos; será renovado um terço do Senado (24 senadores sobre 72), em oito dos 24 distritos; serão realizadas eleições legislativas provinciais (deputados) em nove distritos, entre eles, o mais povoado, a província de Buenos Aires (centro-leste). Concorreram 186 partidos e 98 alianças das quais participam 417 partidos. O governismo conta com 119 cadeiras de Deputados e renova 62; o Senado possui 40 cadeiras e renova 12. A posse dos novos eleitos deverá ocorrer no dia 10 de dezembro de 2009.

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