segunda-feira, 4 de maio de 2009

Seca leva 21 prefeituras do noroeste do Rio Grande do Sul a paralisar atividades

Os 21 municípios gaúchos que estão em situação de emergência, da Região Celeiro, decidiram paralisar todos os serviços das prefeituras durante a próxima semana. O presidente da associação dos municípios da região, Claudemir Locatelli, prefeito de Vista Alegre, diz que os prefeitos decidiram parar os serviços para economizar recursos. A verba economizada será utilizada no combate a estiagem, pois falta água potável na zona rural dos municípios. Só não serão paralisados os serviços de saúde e recolhimento de lixo. As aulas na rede municipal ficarão suspensas durante a próxima semana. Entre os municípios estão: Três Passos, Tenente Portela, Coronel Bicaco e Chiapeta. Em todo o Rio Grande do Sul, já são 160 prefeituras que decretaram emergência. Somente na tarde desta segunda-feira, foram mais oito. Entre eles, Soledade e Candiota. O município de Erechim começou nesta segunda-feira o racionamento de água. A cidade foi dividida em duas partes e cada uma ficará abastecida durante um período de 14 horas. A falta de chuva afeta também a produção de energia elétrica em pequenas usinas hidrelétricas no norte e noroeste do Estado. Algumas funcionam somente poucas horas por dia. Em Victor Graeff a Usina Cotovelo do Jacuí opera apenas no horário de pico de consumo, entre 18 e 20 horas. As usinas de Ibirubá e Lagoa Vermelha também são afetadas. Em Passo Fundo, o município sofre com a falta de água no meio rural e com as perdas nas culturas de milho, soja e leite. A barragem Fazenda da Brigada Militar está três metros abaixo do nível e cai 5 centímetros por dia. O município de São Valentim está sem água há 30 dias e a população só recebe água 12 horas por dia. Para garantir o abastecimento a Corsan busca água no município vizinho de Erval Grande, com caminhões-pipa. Em Floriano Peixoto, os três poços que abasteciam a cidade estão sem vazão e um deles secou totalmente. As famílias enfrentam racionamento de água há 40 dias, e só recebem água durante quatro horas por dia. Em Carazinho as perdas na agricultura chegam a 50% em algumas culturas como milho e soja. A seca provocou perda total da safrinha de feijão.

Nenhum comentário: