quinta-feira, 14 de maio de 2009

Promotoria no Paraná denuncia grupo de supostos neonazistas por morte de casal

A Promotoria de Campina Grande do Sul encaminhou à Justiça do Paraná a denúncia contra um grupo formado por seis pessoas acusadas de neonazistas. Eles são suspeitos de matar o casal Bernardo Dayrell Pedroso e Renata Waechter Ferreira no dia 20 de abril. Todos têm entre 19 e 25 anos. O casal teria morrido em razão de uma disputa de poder envolvendo grupos que pregam o neonazismo no País, que se concentram principalmente nas regiões Sul e Sudeste, segundo o promotor Octacílio Sacerdote Filho. No entanto, o promotor admite que o grupo tem ramificações em todo Brasil. "Esse grupo é muito grande. Não se restringe somente ao Paraná, Santa Catarina e São Paulo. É espalhado no Brasil inteiro. Mas a polícia disse que vai continuar investigando para descobrir mais casos", afirmou Sacerdote Filho. Na denúncia, elaborada a partir de investigações da Polícia Civil, a Promotoria aponta que o rapaz apontado como líder do grupo, que morava em São Paulo, teria contratado um dos suspeitos para matar Pedroso. O líder também solicitou a ajuda de outros membros do grupo, segundo o processo. De acordo com a Promotoria, o grupo teria combinado a morte de Pedroso para o dia 20 de abril, após um churrasco em que se "comemoraria" os 120 anos de nascimento de Adolf Hitler. Pedroso e a namorada foram mortos a tiros. Quando os suspeitos mataram o casal, ligaram para o líder para comunicar que a missão "havia sido cumprida", de acordo com o processo. As vítimas foram atraídas para a emboscada por uma das suspeitas do grupo, que seria amiga de Ferreira e teria pedido uma carona para deixar a festa por "estar se sentindo mal". Os dois levaram a suspeita para casa, deram uma carona para outro membro do grupo e seguiram de volta para a comemoração, segundo a ação. No caminho, eles foram seguidos de perto pelos outros membros do grupo. Na altura do km 6 da BR-116, no limite do município de Quatro Barras, o casal foi convencido a parar no acostamento pelo suspeito que estava de carona. Nesse ponto, o veículo dos denunciados parou em frente ao carro do casal. Os dois foram obrigados a descer e foram mortos com tiros na cabeça, disparados por dois dos suspeitos, segundo o processo. Duas pessoas viram o crime e testemunharam no inquérito da Polícia Civil, segundo o processo. Pedroso morreu porque, após um desentendimento com o líder do grupo de suspeitos, criou um grupo dissidente de neonazistas no Paraná, de acordo com o promotor.

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