sexta-feira, 29 de maio de 2009

Presidente da Embraer diz que fundo do poço chegou e deve ficar até 2011


O cenário negativo para os negócios da Embraer, com demanda em queda e cancelamento de pedidos, pode já ter atingido o "fundo do poço", porém a situação deve se manter neste nível até 2011. A avaliação é do presidente da companhia, Frederico Curado, segundo o qual a estrutura da Embraer já está adequada para um mercado "ruim" esperado para os próximos dois anos. "Talvez a coisa tenha parado de piorar. A situação se estabilizou um pouco. Pararam os cancelamentos em massa. Mas, as vendas seguem muito fracas", disse o executivo nesta sexta-feira, após almoço promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil. A expectativa de mercado fraco nos próximos anos afasta a possibilidade de recontratação de parte dos cerca de 4.050 funcionários demitidos em abril, sendo 4 mil no Brasil. Segundo Curado, falar em recontratação seria "criar falsas expectativas". O presidente da Embraer salientou que as céticas expectativas para 2010 já contemplam uma definição favorável em relação à venda de jatos para a Argentina e para China, hoje pendentes de aprovação das autoridades daqueles países. O caso da China é mais complicado, já que o governo chinês decidiu cancelar, em novembro do ano passado, a compra de 45 modelos Embraer 190. Ele elogiou ainda, apesar de certa desconfiança, a intenção do governo de criar um banco voltado exclusivamente ao financiamento do comércio exterior brasileiro, nos moldes do Eximbank norte-americano.

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