sábado, 30 de maio de 2009

Interpol diz que créditos florestais podem atrair crime organizado

O crime organizado está de olho em possibilidades de fraudes relativas ao florescente mercado dos créditos florestais de carbono, disse na sexta-feira um especialista em crimes ambientais da Interpol. Um esquema da ONU estabelece um mercado para os créditos relativos à preservação e recuperação florestal, já que as matas absorvem gases do efeito estufa quando estão vivas, e liberam carbono quando são abatidas. "Se você vai comercializar qualquer commodity no mercado aberto, está criando uma situação de lucro e prejuízo. Haverá um comércio fraudulento de créditos de carbono", disse o especialista Peter Younger durante uma conferência sobre florestas em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali. "No futuro, se você está administrando uma fábrica e precisa desesperadamente de créditos para compensar suas emissões, haverá alguém que poderá fazer isso acontecer para você. Absolutamente, o crime organizado estará envolvido”, assegurou ele. Younger propôs que governos, agências multilaterais e ONGs envolvam os órgãos de fiscalização no desenvolvimento do REDD e na luta contra o desmatamento clandestino, que é responsável por cerca de 20% das emissões de gases do efeito estufa da humanidade.

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