domingo, 31 de maio de 2009

Deputado envolvido em acidente com 2 mortes no Paraná renuncia ao mandato


O deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB), que no início de maio se envolveu em um acidente de trânsito que resultou em duas mortes no Paraná, renunciou ao mandato na sexta-feira. A Assembleia Legislativa do Estado informou que o pedido oficial de renúncia foi entregue pelo seu advogado, Roberto Brzezinski. Carli Filho permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O acidente ocorreu no último dia 7, quando o carro guiado pelo deputado, um Volkswagen Passat importado, abalrou pela traseira um Honda Fit ocupado pelos jovens no bairro Mossunguê, em Curitiba. Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20 anos, foram mortos na hora. O deputado estava com a carteira de habilitação suspensa porque excedia o total de pontos permitidos. Totalizava 130 pontos, enquanto o máximo permitido é de 20. De acordo com informações do Detran paranaense, o deputado tinha 30 multas desde 2003. Destas, 23 eram por exceder limites de velocidade. Carli Filho recorreu de 12 das 30 multas. Exame realizado pelo IML (Instituto Médico Legal) do Paraná constatou que Carli dirigia com dosagem alcoólica muito acima do estabelecido. Segundo o resultado, havia no sangue do deputado 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue, enquanto o limite permitido é de 2 decigramas. A lei seca considera que, se alguém for flagrado com 6 dg por litro de sangue, deve ser detido. No último dia 14, o advogado da família da vítima Gilmar Rafael Souza Yared havia protocolado um pedido de cassação do mandato de Carli Filho. No pedido, Elias Mattar Assad argumenta que a conduta de Carli Filho é inadmissível para um deputado. A sua renúncia indica que ele não pretende ser cassado, ter os direitos políticos interrompidos por oito anos, e que pretende voltar a concorrer no próximo ano. Sem prerrogativa de deputado, seu processo correrá em primeira instância na Justiça paranaense. Voltando a se eleger no próximo ano, seu processo seria interrompido e passaria para o Tribunal de Justiça, por sua prerrogativa de deputado estadual.

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