sábado, 30 de maio de 2009

Cristina Kirchner perdoa dívidas da mídia em troca de anúncios

Em confronto aberto com o maior grupo de mídia do país, o governo peronista populista da Argentina começou nesta semana a fechar acordos com meios de comunicação para trocar dívidas tributárias por espaços de publicidade. Ao aderir aos convênios, as empresas se comprometem a ceder espaço de forma gratuita ao governo por até cinco anos. Os primeiros veículos a aderir foram dois jornais e um canal de TV locais e duas grandes emissoras de TV aberta: Telefé e América. Com eleições no país em menos de um mês, a Receita argentina informou nesta quinta-feira que o cancelamento de dívidas começará a valer só depois do pleito, para "evitar suspeitas eleitorais". Isso é um dos mais monumentais escândalos já vistos em toda história, algo típico de fascismo moderno. Além dos convênios, que, segundo o governo, beneficiarão até 500 empresas, a presidente populista-fascista Cristina Kirchner enviará projeto ao Congresso para reduzir a cobrança de imposto sobre preços de capa de revistas e jornais. A alíquota hoje é de 10,5%. Cristina e o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) mantêm uma relação conturbada com a imprensa, com críticas ao que chamam "monopólios midiáticos". Em março, o governo lançou projeto de lei para alterar a regulação do setor, iniciativa que atinge interesses do grupo Clarín, maior conglomerado de mídia no país. Entre outros pontos, a proposta autoriza a entrada de empresas de serviços públicos no mercado de TV a cabo, dominado pelo Clarín. É totalmente parecido com o que o governo petista queria e vem fazendo no Brasil. A diferença é que o governo de Cristina Kirchner é grotesco. E torna a Argentina um país devastado, corrupto, sem liberdade e sem independência. A boca do buraco está logo adiante, mais uma vez, para os argentinos.

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