segunda-feira, 4 de maio de 2009

Corte espanhola julgará Israel por bombardeio a Gaza em 2002

O juiz espanhol Fernando Andreu decidiu nesta segunda-feira, contra a opinião da Procuradoria espanhola, prosseguir com a investigação de denúncias de crimes contra a humanidade contra Israel por um bombardeio na faixa de Gaza, em 2002, que deixou 15 mortos e 150 feridos. A Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, pediu em 2 de abril deste ano o arquivamento provisório do caso, alegando que os fatos denunciados já haviam sido motivo de investigações em Israel. O juiz Fernando Andreu decidiu não atender às instruções por considerar por a justiça israelense não investigou os fatos e que, neste caso, a justiça espanhola continuaria sendo competente. A investigação espanhola se baseia em uma acusação feita pelo Centro Palestino para os Direitos Humanos depois de um bombardeio que matou um dirigente do Hamas, Salah Chehadeh, e 14 civis palestinos, incluindo crianças, no dia 22 de julho de 2002. Outros 150 palestinos ficaram feridos na explosão de uma bomba de uma tonelada lançada por um F-16 israelense em Gaza, sobre uma casa do bairro Al Daraj. A causa tem como réus o ex-ministro israelense da Defesa Benjamin Ben Eliezer, o comandante das Forças Aéreas israelenses no momento do ataque, Dan Halutz, o general das Forças de Defesa israelenses, Doron Almog, o presidente do Conselho Nacional de Segurança de Israel, Giora Eiland, o secretário militar do ministro da Defesa, Michael Herzog, o chefe do Estado Maior, Moshe Yaalon, e o diretor do serviço geral de segurança de Israel, Abraham Dichter. Estes espanhóis são muito engraçados. Querem investigar Israel, mas não investigam em seu próprio território as dezenas de milhares de crimes cometidos pela ditadura franquista. A Espanha não tem história para ensinar direitos humanos a Israel.

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