terça-feira, 21 de abril de 2009

Um ex-repressor da infame ESMA em dificuldades

O argentino Claudio Vallejos tem 50 anos. Foi um dos repressores da famigerada Esma (Escola de Mecânica da Armada Argentina), um dos piores lugares de torturas e assassinatos na ditadura militar que enegreceu o país. Ele está foragido, provavelmente no Brasil. É procurado por estelionato. Na última vez que o prenderam em flagrante, no dia 7 de janeiro de 2009, em Bom Jesus, Santa Catarina, ele se fazia passar por jornalista. Ninguém o perseguia por seus crimes na Argentina, que incluem assassinatos e torturas cometidos 1976 e 1979, quando integrava um grupo de tarefas da Marinha. Claudio Vallejos tem hoje o status de foragido. Ele foi integrante do Batalhão 3 de Infantaria da Marinha e do serviço de inteligencia naval. No Brasil, responde por fraudes nos Estados de Santa Catarina e Mato Grosso. Preso em Bom Jesus, e transferido para o presídio de Xanxerê, apesar de ter sido detido portando duas identidades diferentes, conseguiu a liberdade rapidamente graças ao juiz substituto André Luiz Bianchi. Em uma alvará de soltura aparecem seus dados pessoais atuais: Claudio Vallejos, solteiro, jornalista nascido en Buenos Aires, Argentina, em 29 de maio de 1958, filho de Antonio María Vallejos e María Bonfilho. O Movimento de Justiça e Direitos Humanos, de Porto Alegre, acompanha os passos deste torturador. Na sua ficha no governo argentino diz que ele atuou nos campos clandestinos de prisão e tortura El Vesubio, El Banco, La Cacha, El Atlético, el BIM 3 e até La Perla, em Córdoba. Ele detalhou seus próprios crimes em entrevistas que deu entre 1984 e 1986, tanto na Argentina como no Exterior.

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