sexta-feira, 10 de abril de 2009

Lula vai viajar pelo País para acompanhar obras do PAC

O presidente Lula afirmou na quinta-feira que vai começar uma peregrinação pelo País para acompanhar de perto a execução das obras do PAC. O anúncio foi feito aos ministros da área econômica, de infraestrutura e dirigentes de estatais que participaram de uma reunião para avaliar o andamento das obras do programa. Lula disse que após as visitas estaduais vai discutir com áreas específicas soluções para os problemas que forem identificados. Segundo relato de ministros que participam da reunião, o presidente cobrou mais agilidade na execução das obras e menos burocracia no andamento das ações do programa. "O presidente deixou bastante claro seu envolvimento pessoal no acompanhamento das obras que estão ocorrendo no País, cobrando cronogramas, celeridade, insistindo na tese que temos que criar condições", afirmou o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Geddel afirmou que o presidente demonstrou preocupação com o ritmo das obras e voltou a insistir para que as empresas que sejam contratadas pelo PAC adotem o sistema de terceiro turno para a geração de mais emprego. Essa recomendação já tinha sido repassada aos empresários, mas de acordo com levantamento do governo, poucas empresas implementaram o terceiro turno. "O presidente insistiu que as obras sejam tratadas com mais um turno para gerar empregos. O PAC pode ter característica de estimular a geração de empregos diretos e aquecer economia", disse. No encontro, o presidente e os ministros discutiram os maiores entraves para o andamento do PAC. Entre os pontos foram listados estão questões ambientais e as auditorias do Tribunal de Contas da União. As avaliações recentes do Tribunal de Contas da União sobre o PAC preocupam a cúpula do governo. O tribunal identificou que a Casa Civil avalia para cima o desempenho do programa. O Tribunal de Contas da União aponta que, dos R$ 15,8 bilhões reservados no Orçamento de 2008, só foram executados até novembro R$ 2,5 bilhões, cerca de 15%. Levando em consideração o comprometimento dos "restos a pagar" de anos anteriores, os gastos disponíveis subiriam para R$ 8,6 bilhões (33%). O governo, por outro lado, sustenta que em 2008 foram gastos R$ 3,76 bilhões do Orçamento do PAC, além de R$ 7,56 bilhões de restos a pagar. Ao todo, a Casa Civil indica que foram empregados R$ 11,32 bilhões (43%). No relatório anterior a este, o Tribunal de Contas mostrou que dos 84 empreendimentos acompanhados neste ano pelo órgão, 38 (45%) estavam com atraso maior do que o governo divulga.

Nenhum comentário: