quarta-feira, 22 de abril de 2009

Lula gasta em salários para a burocracia o que economiza em juros da dívida

O presidente Lula está preparando bombas fiscais que vão cobrar o seu preço no futuro governo, seja ele com uma petista, ou com um opositor. A diminuição do superávit fiscal, sob o pretexto de incentivar o crescimento, é uma delas. A conseqüência pode ser o aumento da relação dívida/PIB, o que, dizem, será compensado por uma economia mais robusta e pela possível redução dos juros. O governo Lula precisa de mais dinheiro para enfrentar o custeio da máquina pública, não para investir. Lula está “dando” R$ 1 bilhão para os prefeitos, mas decide um reajuste de 9% do salário mínimo para 2010, mesmo com uma inflação de estimados 4% e um crescimento que pode ficar perto de zero, ou abaixo disso. O salário mínimo não tem grande impacto nas empresas privadas. As maiores vítimas de sua elevação, muito acima da inflação, e do crescimento da economia, são justamente as prefeituras, que estão de pires na mão. Além das que vão acima, listava outras dificuldades que estão sendo contratadas pelo governo: casa própria equipada com calote; fim da DRU; corpo mole num espeto bilionário ligado a ressarcimento da poupança por causa de planos econômicos e fim do fator previdenciário. O governo Lula usou praticamente toda a economia que teve com a queda dos juros desde 2006 para reforçar sua própria estrutura e aumentar o salário do funcionalismo público. Pouco foi feito para elevar os investimentos, necessários para permitir que o País cresça sem solavancos. É o que revela estudo feito pelo economista Alexandre Marinis, sócio da consultoria Mosaico. Entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões. No mesmo período, as despesas com pessoal subiram iguais R$ 40 bilhões, e as de custeio, R$ 26,7 bilhões. Já as despesas de capital (os investimentos propriamente ditos) aumentaram apenas R$ 14,7 bilhões.

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