domingo, 19 de abril de 2009

Juíza da Operação Rodin responde sem responder

Advogados que atuam no processo da ação penal da Operação Rodin, que investigou a fraude do Detran gaúcho, estudam medidas para obter informações sobre a existência ou não de delação premiada de Lair Ferst, um dos réus do caso. Na quinta-feira passada foi publicada a decisão da juíza federal Simone Barbisan Fortes sobre o pedido que havia sido feito por advogados. Eles pediam que ela informasse se Lair Ferst havia feito delação premiada e qual era o conteúdo da mesma. A decisão da juíza não confirma nem descarta ter havido delação. Ou seja, não informou coisa alguma. Os advogados argumentam que, como é direito constitucional, eles precisam ter acesso a qualquer tipo de prova existente nos autos para fazer a plena defesa dos seus clientes. A juíza ressaltou o caráter sigiloso da delação, em razão da necessidade de “resguardo dos delatores”. Parece hoje absolutamente evidente que Lair Ferst efetivamente realizou delação premiada, entregando os outros participantes da fraude denunciada para salvar a sua cabeça e o seu patrimônio.

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