segunda-feira, 20 de abril de 2009

Estados Unidos boicotam conferência sobre racismo dominada por racistas

Divergências sobre o Oriente Médio e aspectos religiosos levaram os Estados Unidos e outros países ocidentais a boicotar a conferência sobre racismo da ONU, que começará nesta segunda-feira, em Genebra, com participação do fascista presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, que nega o Holocausto. Estados Unidos, Canadá, Israel, Holanda, Alemanha e Austrália anunciaram que não participarão da Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Outras Formas Relacionadas de Intolerância, conhecida como Durban 2, que durante cinco dias examinará os esforços realizados para combater o racismo, a xenofobia e a intolerância desde a primeira reunião organizada em Durban, na África do Sul, em 2001. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Robert Wood, afirmou no sábado que, apesar dos avanços, o último projeto da declaração final de Genebra mantém trechos inaceitáveis da declaração de 2001 e infringem a liberdade de expressão. "Infelizmente, parece certo que certas questões não serão abordadas no documento adotado pela conferência. Portanto, com pesar, os Estados Unidos não vão participar na conferência", afirmou um comunicado oficial. No início de fevereiro deste ano, uma delegação norte-americana participou de encontros preparatórios da conferência, apesar do pedido de Israel por um boicote ao evento, o que foi encarado como uma possível mudança de postura da nova administração norte-americana em relação à de George W. Bush (2001-2009). Mas os norte- americanos entenderam que não teriam condições de melhorar o documento final a ser produzido pela conferência e decidiram boicotar o encontro no fim de fevereiro. O presidente Barack Obama justificou a postura de seu governo ante a questão, apesar de se comprometer em colaborar com os esforços para lutar contra o racismo. "Deixem-me dizer em primeiro lugar que acredito na ONU", afirmou Obama ao fim da Quinta Cúpula das Américas realizada em Trinida e Tobago. "Acredito na possibilidade de que a ONU sirva de fórum eficaz para tratar um grande número de conflitos transnacionais." "Gostaria muito de tomar parte em uma conferência útil, que responda a questões persistentes de racismo e discriminação no mundo", disse ainda, acrescentando, no entanto, que o tom anti-israelense completamente hipócrita e contraproducente na declaração final era um limite que seu governo não poderia tolerar. A polêmica sobre conferência aumentou pelo fato do orador mais famoso do dia de abertura ser o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, o fascista número 1 do planeta nos dias atuais, que já questionou várias vezes a existência do Holocausto, no qual milhões de judeus morreram nos campos de concentração da Alemanha nazista.

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