domingo, 8 de fevereiro de 2009

Confisco de ajuda denunciado pela ONU foi "mal-entendido", diz organização terrorista Hamas

Os chefes da organização terrorista Hamas na faixa de Gaza qualificaram na sexta-feira de "mal-entendido" o confisco de ajuda humanitária denunciado pela agência da ONU (UNRWA) para os refugiados palestinos, que suspendeu por este motivo o envio de ajuda ao território. O episódio fez o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, intervir e exigir a devolução do material confiscado. Os terroristas islamistas acusaram os meios de comunicação de massa de ter publicado informações "imprecisas" sobre o ocorrido, ao difundir parte do comunicado divulgado por esse organismo das Nações Unidas. O governo do Hamas ressalta que deseja manter uma boa relação com a UNRWA e que o incidente "já foi resolvido através do contato direto" com esta agência da ONU e com o responsável das passagens fronteiriças. O porta-voz da UNRWA, Christopher Gunness, negou esta afirmação e reiterou que a medida será mantida "até que a ajuda seja devolvida e a agência receba garantias do governo do Hamas em Gaza de que esta situação não se repetirá". Na noite de quinta-feira, vários caminhões cruzaram a fronteira entre Egito e Gaza com ajuda humanitária destinada à agência das Nações Unidas para que distribuísse aos refugiados palestinos. No entanto, "veículos contratados pelo Ministério de Assuntos Sociais" dos terroristas do Hamas confiscaram várias toneladas da ajuda. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu que o Hamas devolva "imediatamente" a ajuda internacional confiscada em Gaza e que se abstenha de interferir no trabalho humanitária da organização. A pedido de Ban, a porta-voz da ONU, Michele Montas, reiterou os termos da resolução 1.860 do Conselho de Segurança para que se permita a livre distribuição de ajuda humanitária em território palestino, incluindo combustíveis, alimentos e serviços médicos. Ban "exige ao Hamas a devolução imediata do envio de material humanitário da UNRWA (agência da ONU para os refugiados palestinos) que confiscou hoje, que é o segundo incidente deste tipo desta semana", afirmou a porta-voz. Montas destacou que "todas as partes devem se abster de intervir ou colocar dificuldades ao fornecimento e distribuição da ajuda humanitária da qual a população civil de Gaza precisa com urgência". Conforme a UNRWA, nesta terça-feira (3), a polícia do Hamas retirou "mais de 3.500 mantas e 406 pacotes de alimentos" do centro de distribuição do campo de refugiados de Chati. Na quinta-feira, a organização terrorista Hamas confiscou dez cargas de arroz e farinha.

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