quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Argentina diz que manterá barreiras comerciais contra o Brasil

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Taiana, disse nesta terça-feira que seu país não irá revogar as restrições às exportações brasileiras adotadas nos últimos meses devido ao agravamento da crise econômica. As afirmações foram feitas após uma reunião de quase cinco horas com representantes do governo brasileiro, em Brasília. Durante o encontro, o Brasil conseguiu apenas convencer o vizinho a montar um grupo de trabalho para discutir a questão. Além disso, em troca de uma maior liberdade comercial, o governo brasileiro acenou com "medidas criativas" para ajudar a equilibrar o comércio entre os dois países, que hoje favorece mais o lado brasileiro. "Nós não consideramos que tomamos medidas restritivas. São medidas normativas e seguem vigentes. Assim como as medidas do Brasil também seguem vigentes", afirmou o ministro argentino. O negócio é o seguinte: a Argentina está tecnicamente quebrada, de novo, como no começo da década. Por isso toma medidas protecionistas. Desde o início do ano, o governo argentino já adotou uma série de medidas comercial contra o Brasil. Abriu uma investigação sobre a importação de multiprocessadores de alimentos do Brasil e da China; adotou licenças não-automáticas para importação de pneus, produto do qual o Brasil é o principal fornecedor; e passou a controlar as compras externas de produtos da cadeia do alumínio.

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