domingo, 11 de janeiro de 2009

Presidente do Irã envia emissário a Brasília para conversar com Lula

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, enviou um emissário a Brasília para entregar pessoalmente uma carta ao presidente Lula. Diplomatas informaram que, na correspondência, o iraniano sugere o incremento das relações entre Brasil e Irã. O documento será entregue a Lula nesta semana pelo ministro de Cooperativas do Irã, Mohammad Abbasi. No final de 2008, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, entregou ao presidente iraniano uma carta enviada por Lula na qual expressava "o interesse brasileiro de aprofundar as relações bilaterais, particularmente na vertente econômico-comercial, e menciona a possibilidade de troca de visitas presidenciais no futuro". Na quinta-feira, o governo Lula decidiu entrar diretamente nas negociações por um cessar-fogo na região de Gaza. Mas, já entrou enviezado porque, durante a semana, a direção nacional do PT lançou uma nota oficial chamado Israel de “estado genocida”. Para quem é aliado de organizações terroristas históricas, como o Partido Baath, da Síria, o PT deu totalmente luz à sua cara. Celso Amorim viajou para o Oriente Médio na sexta-feira determinado a reforçar os apelos para o fim da guerra. Ele pretendia ir a Israel, aos territórios palestinos, à Síria e Jordânia. Videversus reproduz a opinião do jornalista Reinaldo Azevedo, que diz tudo sobre o assunto: “O Brasil nunca teve uma diplomacia tão vagabunda. Nem nos piores tempos da ditadura. Lula receber o emissário de um país que financia abertamente o terrorismo anti-Israel, como sabe o mundo inteiro, para tratar da ação Israelense é, em si mesmo, um escândalo. O Irã é um dos financiadores do Hamas. De fato, o status do atual Oriente Médio é ditado pelo regime dos aiatolás, que sustenta também o Hezbollah, a milícia terrorista que controlava o sul do Líbano — hoje, na prática, controla o Líbano inteiro. Se o Hamas não esconde, em sua carta de fundação e em suas ações, o que quer — o fim de Israel —, o fascismo islâmico de Mahamoud Ahmadinejad também não. Mais de uma vez, ele já proclamou que sua missão é riscar Israel do mapa. Logo, o governo brasileiro pretende debater uma solução para o Oriente Médio com quem tem o propósito declarado de eliminar um dos lados. Lembro há tempos que o Apedueta visitou várias ditaduras islâmicas, mas nunca pisou no solo da única democracia do Oriente Médio. Diziam-me: ‘Ah, isso não tem grande significado’. Não? Olhem, talvez seja preferível considerar que assim é por rejeição à democracia. E se for coisa pior? E se for rejeição mesmo a Israel e a seu povo? Esse encontro é inaceitável, além de trair a pretensão ridícula da diplomacia brasileira de ter uma “solução” para o conflito — solução, como se vê, com a marca da neutralidade iraniana... Os iranianos consideram que há uma ‘desproporção’ nos ataques... Ah, bom! Vai ver é por isso que eles querem ter a bomba atômica. Já que Israel tem a sua, seria só uma questão de ‘proporcionalidade’... A diferença nada ligeira é que Israel não prega o fim do Irã. Amorim vai ao Oriente Médio. Pretende visitar países árabes e também Israel. Espero que o governo israelense não o receba. Quem negocia a situação israelense com um terrorista como Ahmadinejad torna-se amigo do terror”.

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