quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Relatório sobre desastre da Gol aponta erros dos controladores e pilotos do Legacy

O relatório final do desastre com o avião da Gol, em 2006, divulgado pela Aeronáutica nesta quarta-feira, aponta erros dos controladores de vôo que também contribuíram para a colisão da aeronave com o jato Legacy. O desastre provocou as mortes de 154 ocupantes do vôo 1907. O documento cita também erros dos pilotos do Legacy, que desligaram o transponder. Para o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão responsável pela investigação, no entanto, não houve intenção. De acordo com o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul, foram levantados erros de procedimento nos controles de vôo de São José dos Campos (SP), de onde o Legacy decolou; de Brasília (DF) e de Manaus (AM), de onde o avião da Gol decolou. Em São José dos Campos (SP), a autorização para a decolagem do Legacy não teria sido feita de acordo com os padrões previstos. As instruções dadas aos pilotos norte-americanos foram insuficientes. Segundo o Cenipa, em Brasília, os controladores não informaram ao Legacy a nova seqüência para o transponder e não interferiram quando o aparelho deixou de funcionar. Já em Manaus, os controladores receberam o avião sem o sinal do transponder e, ainda segundo o relatório, não interferiram. Segundo Kersul, não dá para mensurar o peso das falhas do controle de vôo no acidente. "É tudo uma seqüência. Embora não seja uma fatalidade, é uma seqüência de erros que faz o acidente acontecer", afirmou. O relatório concluiu ainda que nenhum equipamento de nenhuma das aeronaves apresentaram erro de projeto ou de operação. O Cenipa descartou ainda problemas na cobertura radar da região ou ineficiência de algum equipamento relacionado ao controle de vôo. O relatório do Cenipa aponta vários erros dos pilotos do Legacy, entre eles o não adequado planejamento de vôo, pressa para decolar, falta de experiência dos pilotos com a aeronave e treinamento insuficiente para o avião. Resumindo: os culpados são todos os passageiros e tripulantes do Boeing da Gol, que insistiram em viajar em um dia que não era adequado para isso. Êta paisinho ordinário, ninguém tem responsabilidade por nada.

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