segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Policiais e bombeiros de Santa Catarina suspendem greve por reajuste salarial

A greve de policiais e bombeiros militares de Santa Catarina que, desde a última segunda-feira, impedia o acesso a quartéis no Estado, foi suspensa no sábado pelas lideranças dos policiais grevistas. O fim do motim foi anunciado pela Aprasc (Associação de Praças do Estado de Santa Catarina) menos de 24 horas depois de o governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), ter anunciado que havia pedido a decretação da prisão preventiva de três líderes do motim, além de ter ameaçado fazer o mesmo em relação a outros três. O Movimento das Esposas e Familiares dos Praças também participou dos piquetes que impediam o acesso de oficiais inclusive ao comando geral da Polícia Militar, em Florianópolis. Segundo a Aprasc, 37 unidades da Polícia MIlitar foram afetados pelo motim em todo o Estado. O governador Luiz Henrique da Silveira chegou a pedir ajuda da Força Nacional de Segurança na sexta-feira, às 19 horas. De acordo com o porta-voz do motim, sargento Edson Fortuna, na sexta-feira, 157 carros da polícia estavam com os pneus vazios ou fora de circulação, e cerca de 3.000 praças deixaram seus postos ou não conseguiram exercer suas funções por causa dos bloqueios feitos por familiares na porta dos quartéis. Ele chegou a ser bem explícito em sua ameaça: "Já estamos preparando a festa de Réveillon em frente aos quartéis e, se prenderem os líderes, será um tiro no pé, porque aí o movimento pode perder o controle". Já se viu uma coisa igual? Mas, desde quando, policia militar pode usar as armas fornecidas pela sociedade para agira contra a sociedade, e ameaçar a mesma sociedade? Algo está muito errado. Esse motim dos policiais militares em Santa Catarina foi nitidamente terrorista e é preciso instalar cortes marciais contra seus líderes.

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