terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Justiça gaúcha autoriza quebra dos sigilos telefônico e bancário de médico assassinado em Porto Alegre

A Justiça gaúcha autorizou nesta segunda-feira a quebra dos sigilos bancário e telefônico do vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul, Marco Antônio Becker, assassinado no fim da noite da última quinta-feira. O pedido havia sido feito no sábado pela Polícia Civil. Com a decisão, a força-tarefa formada para cuidar da morte do médico oftalmologista pretende confirmar duas das principais linhas de investigação. De acordo com o delegado Ranolfo Vieira Júnior, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais, os motivos do crime estão ligados a atividades profissionais da vítima no Conselho Regional de Medicina e também a questões pessoais, como dívidas envolvendo jogos. A quebra de sigilo telefônico pode revelar os últimos contatos suspeitos feitos pelo médico, principalmente com pessoas que ele teve algumas divergências. Já a quebra do sigilo bancário pode confirmar se ele tinha dívidas. Uma sentença judicial determinava que Becker deveria pagar a um hotel cassino do Uruguai uma dívida de quatro anos atrás relativa a jogos. Becker teria deixado um cheque sem fundo para o hotel localizado em Punta del Leste. O valor do cheque é de R$ 44,7 mil. Este caso, pelo modo como está andando, leva todo cheiro de repetição do caso do assassinato do radialista e deputado estadual José Antonio Daudt, que está insolúvel até hoje, 20 anos depois.

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