segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Greve fracassa, aulas são retomadas nesta segunda-feira no Rio Grande do Sul

Na sexta-feira, em uma assembléia patética e desoladora do Cpers (sindicato dos professores de escolas públicas do Rio Grande do Sul), na qual estiveram presentes mirrados dois mil educadores, que desapareciam dentro do enorme ginásio do Internacional, ficou decidido o fim da greve do magistério gaúcho, que impôs um prejuízo de 15 dias sem aulas para os estudantes da rede pública do Estado. Foi a mais impressionante aventura conduzida pelo irresponsável e criminoso Cpers em toda a sua história, a primeira greve (nos últimos 30 anos) realizada próxima do encerramento de um ano letivo. E foi um monumental fracasso. Pelo que os professores fizeram a greve? Ninguém sabe? O que eles reivindicavam? Ninguém sabe. Ao que parece, a maior parte dos que aderiram à greve foram miseravelmente enganados pela direção do Cpers. Simplesmente foi dito aos professores uma coisa a respeito do projeto de lei do Piso encaminhado à Assembléia Legislativa pela governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB), e o projeto na verdade tratava de outra coisa. A greve acabou com uma retumbante vitória da governadora Yeda Crusius, única governante, nos últimos 30 anos, que teve a coragem e a determinação para enfrentar o criminoso Cpers. Ela decretou que grevista deve ter os dias não trabalhados descontados de seu salário, como assim decidiu o Supremo Tribunal Federal. E mandou cortar os dias não trabalhados na folha de pagamento. E foram descontados. Com essa os irresponsáveis dirigentes do Cpers não contavam. Levaram os grevistas a uma aventura total, e os deixaram nas mãos. Yeda Crusius também teve outra grande vitória ao mostrar a sua determinação. Os gaúchos sabem, agora, que podem contar com uma política dotada de capacidade de decisão e de manutenção das suas decisões. O Cpers aprendeu (espera-se) que não deve agir de maneira irresponsável e criminosa.Agora, cada escola terá autonomia para definir a forma de recuperação dos dias perdidos de aulas, mas não poderá programar aulas para depois de 10 de janeiro. Todas as escolas terão de cumprir as 800 horas/aula previstas no calendário escolar de 2008 e garantir que o ano estudantil dos alunos não seja prejudicado. Mas, será prejudicado, porque até os postes do Rio Grande do Sul sabem que essas aulas de recuperação são absolutamente de mentirinha. Por fim, a governadora Yeda Crusius se mostrou magnânima e decidiu suavizar o impacto do corte nos salários dos grevistas. Ela determinou o parcelamento do desconto, uma vez que muitos professores já estão com seu salário comprometido por causa dos famigerados descontos em folha dos empréstimos consignados. Durante 30 anos os professores se acostumaram a fazer longas greves e nada acontecer. Ficavam em casa, parados, e recebiam salários integrais. Agora eles sabem que a história mudou.

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