terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Fatec anuncia que pode paralisar serviços por falta de dinheiro

Começaram a aparecer reflexos mais sérios na Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec) e na Fundação Educacional e Cultural para o Aperfeiçoamento e Desenvolvimento da Educação e da Cultura (Fundae), instituições de direito privado que se utilizam de proximidade com a Universidade Federal de Santa Maria (RS), em decorrência do bloqueio das contas dessas fundações. As duas instituições são acusadas de envolvimento na fraude do Detran, descoberta pela Operação Rodin, no ano passado. Depois de uma decisão negativa do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul ao recurso que pedia o desbloqueio de R$ 35 milhões, a Fatec anunciou, nesta segunda-feira, que o impedimento de movimentar o dinheiro que ela administra coloca em risco também o vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), além do funcionamento do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Segundo o presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperves), Edgar Durante, os valores arrecadados com as inscrições do vestibular e do Programa de Ingresso ao Ensino Superior (Peies) ficam sob gerência da Fatec. Sendo assim, a fundação não pode retirar o dinheiro para pagamento de fiscais no dia da prova, locações de escolas onde as provas serão realizadas, transporte de fiscais para os campi de Frederico Wetsphalen e Palmeiras das Missões, além de outras despesas que a execução do concurso acarreta. Com as contas bloqueadas desde a última sexta-feira, a Fundae também deixou de pagar fornecedores e, nesta segunda-feira, segundo sua direção, não tinha dinheiro nem para as diárias e ajudas de custo dos examinadores das provas práticas para carteira de motorista. Essas fundações de direito privado (existem centenas delas no País) foram contratadas sem licitação, com dispensa de licitação, a partir de parecer emitido pela Procuradoria Geral do Estado. É no que dá esses pareceres emitidos em duas horas.

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