segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Barack Obama faz dura crítica às montadoras

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, foi ferino com os diretores das três grandes montadoras norte-americanas (General Motors, Ford e Chrysler) ao dizer que ou mudam seus métodos na liderança das empresas ou devem pedir demissão. "Devemos ter uma indústria automotiva que compreenda que não pode continuar trabalhando da mesma maneira", afirmou Obama durante uma coletiva de imprensa em Chicago. A declaração surge no momento em que o Congresso se prepara para votar um plano de resgate para o setor. "Se os diretores atualmente em função não entenderem a emergência da situação e não quiserem fazer escolhas difíceis e se adaptar às novas circunstâncias, então deverão se afastar", acrescentou Obama. Para o presidente eleito, quebrar não é uma opção: "Eu não acho que é uma opção simplesmente deixar que entre em colapso. O que nós temos que fazer é dar ao setor assistência, mas essa assistência é condicionada a significativos ajustes. Eles terão que reestruturar o setor”. General Motors, Ford e Chrysler pedem que o governo libere um total de US$ 34 bilhões, um valor mais de US$ 9 bilhões maior do que o solicitado há duas semanas. A presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, anunciou que o projeto de lei para resgatar as "três grandes" do setor automobilístico do País será votado na próxima semana. O senador democrata por Michigan, Carl Levin, confirmou no domingo que o Congresso visa à criação de um cargo equivalente ao de um "czar do automóvel", que teria a função de vigiar a reestruturação do setor. O cargo estaria subordinado ao Departamento de Comércio e deverá assegurar que "as condições de uso do dinheiro sejam respeitadas, que tenha uma autêntica vigilância e que de tudo isso sairá uma indústria mais reduzida e mais verde". Dois dos três grandes fabricantes de Detroit (Michigan), a General Motors (GM) e a Chrysler, advertiram que poderão enfrentar a falência antes do fim do ano se não receberam uma ajuda por parte dos poderes públicos. Somente a GM reclama um total de US$ 18 bilhões, dos quais US$ 8 bilhões antes de janeiro de 2009. A Chrysler diz necessitar 7 bilhões para fazer frente a seus vencimentos no primeiro trimestre de 2009. A Ford, menos afetada a curto prazo, pede uma linha de crédito de US$ 9 bilhões que espera não ter de usar.

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