quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Tribunal de Justiça gaúcho começa a demitir os seus nepotes

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul começou a demissão de suas dezenas de nepotes. Pelo Boletim nº 23.196, que circulará publicado nesta quarta-feira, foi exonerada Cristine Moura Sleimon, do cargo de assessora de desembargador. Ela é filho de Arnaldo Buede Sleimon, Procurador de Justiça, que emprega em contrapartida, em seu gabinete no Ministério Público gaúcho, uma mulher de desembargador. O desembargador com o qual a nepote Cristine Moura Sleimon trabalhava é Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves. O mesmo ato assinado pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, demitiu outra nepote da família Sleimon. Trata-se de Viviane Moura Sleimon, que também atuava como cargo em confiança (assessora) do desembargador Sérgio Fernando de Vasconcelos Chaves. O Boletim nº 23.196, igualmente em ato assinado pelo desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa, também exonerou um dos nepotes “mileskinhos”. Trata-se de Hélio Saul Mileski Junior, CC que ocupava o cargo de assessor do Departamento de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Ele é filho do conselheiro Hélio Saul Mileski, do Tribunal de Contas gaúcho. A família Mileski ainda tem mais uma nepote no Tribunal de Justiça, Aline Mileski, filha do conselheiro Hélio Saul Mileski, que ocupa cargo de confiança. Com estas canetadas vigorosas, o desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa reafirma sua história. Ele fez parte de um grupo de juízes, chamado de “Grupo Jagunço”, que no final dos anos 70 e início dos anos 80 reunia-se regularmente para discutir e tomar medidas contra privilégios, como o do nepotismo.